O 'Escritor da
Paixão' (como o definiu Lygia Fagundes Telles) que descrevia com
maestria o amor, o sofrer, a solidão, a saudade, e o viver de amar.
Seguem alguns trechos do espetáculo..."O Homem que acreditava"
..."Senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada
de volta. Descobri que não ter nada pode ser bem bonito."...
..."o maior amor nem
sempre é aquele que você sai por aí, escancarando pra todo mundo. Porque a
gente sente, sabe-se lá porque vergonha, um certo medo de revelar o verdadeiro
amor. Que ao invés de parecer primavera, parece um crime."
"Mas quem tem coragem?
Quem tem coragem de confessar suas vulnerabilidades? Quem tem coragem de cair
de amor? Fall in love! Quem?
Quem vai se entregar
ao desassossego? Amor, medo, ausência, buraco no peito?"
... "Com a cabeça
encostada na janela do ônibus, me imagino deitando a cabeça no seu colo, ou
você deitando a sua no meu e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e
vulcões explodem e pestes se alastram e nós, no umbigo do universo, nem percebemos.
Você toca na minha mão, eu toco na sua.
(...)
- Suspiro tanto
quando penso em você. E me imagino andando pela rua, quando desço do ônibus e
encontro com você na próxima esquina. Penso tanto em você que na hora de dormir
vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua
orelha e repito, repito em voz baixa: te amo tanto, dorme com os anjos. E aí
sou eu quem dorme. Durmo e sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas
no fundo do mar. Como se fosse verdade. Um beijo. Ah! Como te amo!"...
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